“Garçon, aqui nessa mesa de bar, você já cansou de escutar“, apesar de não beber, fumar ou usar qualquer outra substância que altere os sentidos e a percepção, vou te convidar pra tomar esse café numa mesa de bar. Um copo de vidro, daqueles “raiz”, com cheiro e gosto de rodoviária. Vem comigo? Aliás se você não quiser o café, pedimos outra bebida do seu gosto e nada contra se curte o gostinho mais amargo de uma cerveja ou uma coca-cola docinha e gelada. O importante é a sua companhia e o dedo de prosa que pudermos trocar. Venho chamando muito pra conversa no pé da orelha, pois estamos mergulhando de cabeça em águas rasas, numa geração que se afoga em milhões de estímulos e precisamos parar de falar em Bauman, em modernidade líquida, etc. Enfim, precisamos ir para o bar e largar o academicismo, pois o tom professoral não alcança as massas, por mais razão que você tenha, se não conseguir ser claro para a mais simples criança, não conseguirá alcançar ninguém com a verdade. Sim, eu falo a verdade e foi por isso que chamei a coluna de Sinceridades. A verdade tem que ser dita, sim, numa linguagem simples, porém eficáz. Pois a mentira está a muito tempo entre nós, de forma debochada, com jeitão do tiozinho informado via WhatsApp e outras redes ditas sociais, inundando nossos amigos, nossos pais, nossos irmãos, sim, aqueles que amamos e nada do que dissermos parece ser o suficiente para que a verdade prevaleça. Onde as notícias reais são chamadas de fake, sem nenhuma checagem pois contradizem aquele vídeo que recebeu no grupo da igreja. Termino com esse meu autor tão atual quanto seus escritos podem ser imortais:
“As pessoas engolem Deus sem pensar, engolem o país sem pensar. Esquecem logo como pensar, deixam que os outros pensem por elas.” – Charles Bukowski